Mapa identifica fraude em azeites de oliva e proíbe lotes de 12 marcas; veja quais

Por Redação Epoch Times Brasil
22/10/2024 15:07 Atualizado: 22/10/2024 15:07

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou, na terça-feira (22), uma lista com 12 marcas de azeite de oliva que tiveram lotes considerados impróprios para consumo. São elas:

— Almazara; 

— Alonso; 

— Don Alejandro;

— Escarpas das Oliveiras;

— Garcia Torres;

— Grego Santorini;

— La Ventosa;

— Olivas Del Tango;

— Quinta de Aveiro; 

— Quintas D’Oliveira;

— Vila Real; e

— Vincenzo.

Dentre essas, seis marcas tiveram todos seus lotes suspensos devido a fraudes e desvios nos padrões de qualidade exigidos. Confira a lista detalhada divulgada pelo Mapa, com a especificação de cada lote suspenso:

Lista com a especificação de cada lote suspenso (Fonte: MAPA)

As análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária revelaram que os produtos apresentavam misturas com outros óleos vegetais, comprometendo tanto a qualidade quanto a segurança dos azeites.

De acordo com o Mapa, essas adulterações representam um sério risco à saúde dos consumidores, uma vez que a origem e a composição dos produtos apresentam dúvidas.

Além da suspensão dos lotes, algumas das empresas responsáveis por essas marcas enfrentam problemas com a Receita Federal, tendo seus CNPJs suspensos ou até mesmo baixados, “o que reforça a suspeita de fraude”, informou o Ministério.

A pasta alerta que a comercialização desses produtos constitui infração grave. Estabelecimentos que continuarem a vendê-los podem ser responsabilizados legalmente.

O Mapa recomenda aos consumidores que adquiriram esses azeites a interrupção imediata do uso e solicitação por troca, conforme previsto pelo Código de Defesa do Consumidor.

Duas marcas listadas, Quinta de Aveiro e La Ventosa, já haviam sido proibidas anteriormente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início de outubro.

Para evitar a compra de azeites adulterados, o Ministério oferece algumas orientações. A primeira é desconfiar de preços que estão abaixo da média do mercado.

Além disso, os consumidores são aconselhados a evitar a compra de azeite vendido a granel. O Mapa também sugere verificar se a marca já constou em listas de produtos falsificados.

O site da Anvisa disponibiliza uma ferramenta de pesquisa para verificar a regularidade de produtos. Ao inserir o nome da marca, é possível descobrir se ela possui alguma pendência.

Também é recomendável verificar se a distribuidora, importadora ou produtora do azeite está registrada no Cadastro Geral de Classificação (CGC) do Mapa — registro obrigatório para empresas que lidam com azeites.

Segundo dados do Mapa, o azeite é um dos produtos alimentares mais fraudulentos do mundo, ocupando o segundo lugar, atrás apenas do pescado.

Para garantir a qualidade do azeite adquirido, é fundamental optar por produtos envasados recentemente. A azeitóloga Ana Beloto destaca que o frescor é essencial, já que o termo “azeite” deriva do árabe, significando “suco de azeitona”.

Além disso, o azeite possui três inimigos que aceleram sua deterioração: luz, oxigênio e calor. Por isso, as embalagens geralmente são de vidro escuro, minimizando a exposição à luz.