Enquanto o Congresso avança na restrição das ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) com um projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados, que proíbe invasores ilegais de propriedades rurais de receberem benefícios do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adota uma medida que ressalta sua proximidade com o movimento, ao mesmo tempo em que o distancia do agronegócio.
Lula convidou o MST para colaborar na definição do destino dos R$ 70 bilhões do Plano Safra 2024/2025. O movimento foi chamado a contribuir na formulação do Pronaf em meio a uma crescente pressão legislativa para conter seus métodos de atuação no campo. Em outra tentativa de conter o avanço do MST, na última terça-feira (28), o Congresso derrubou um veto presidencial que beneficiaria o movimento, restaurando, assim, a proibição de financiamento público para atividades que possam ser interpretadas como apoio à invasão de terras privadas.
Tentando justificar a inclusão do movimento no grupo, a portaria que instituiu a criação da equipe de trabalho, assinada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que foi considerada “a relevância das organizações representativas da agricultura familiar” no “debate e formulação de políticas para o fortalecimento da organização produtiva deste segmento”.
O presidente da Frente Parlamentar Invasão Zero, deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) expressou profundo lamento pelo fato de que o movimento, associado à perturbação e ao terror no campo através de invasões de propriedades privadas, tenha influência na determinação do uso de uma quantia tão significativa.
“Por mais que o MST cometa toda sorte de crimes e irregularidades, jamais o PT irá se afastar ou punir o movimento”, criticou o parlamentar.
Luiz Uaquim, líder nacional do Movimento Invasão Zero, denunciou o avanço do MST contra as estações experimentais da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Desde o Abril Vermelho, as imediações da Ceplac têm sido alvo das investidas do movimento invasor. A mais recente, segundo ele, foi a invasão da estação localizada na cidade de Una, no sul da Bahia. Ele ainda ressaltou que o MST deve ser tratado como um grupo terrorista.
“Está ocorrendo recentemente invasões em estações experimentais da Ceplac, em áreas públicas federais. É o mesmo grupo, um grupo de Vândalos que envolve patrimônio público federal, segundo o Supremo, é terrorista. Olha o que aconteceu em 8 de janeiro, o tratamento tem que ser o mesmo”, explicou em vídeo.
O Sr. Uaquim concedeu uma entrevista ao Epoch Times Brasil expondo as ações dos sem-terra e a iniciativa dos produtores rurais em tentar frear as invasões do MST. Confira a entrevista completa aqui.