As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram um recorde de US$ 14,27 bilhões em outubro de 2024. O valor representa um crescimento de 6,2% em relação a outubro de 2023.
O aumento foi impulsionado pelo avanço de 3,7% no volume exportado e de 2,5% nos preços médios dos produtos. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.
As carnes lideraram o desempenho positivo, com alta de 38,6% nas exportações, atingindo US$ 2,62 bilhões. Destaque para recordes históricos nas vendas de carne bovina e suína.
O setor de café registrou crescimento de 61,1% nas exportações, alcançando US$ 1,40 bilhão. A celulose também teve forte expansão, com alta de 83,6%, totalizando US$ 986,90 milhões.
Por outro lado, as exportações de grãos tiveram retração. A soja em grãos caiu 31,3%, enquanto o milho recuou 33,5%, refletindo menor safra e redução nos preços.
A China manteve-se como principal destino, com importações de US$ 3,50 bilhões, mas registrou queda de 28,5% em relação ao mesmo mês de 2023. A soja em grãos e o milho lideraram essa retração.
Em contrapartida, houve alta nas vendas de carne bovina in natura (+32%) e celulose (+120%) para o mercado chinês. A União Europeia e os Estados Unidos também se destacaram como destinos importantes.
As importações de produtos agropecuários atingiram US$ 1,77 bilhão em outubro, alta de 29% frente ao ano passado. O crescimento foi impulsionado por trigo (+68,9%), óleo de palma (+133,6%) e insumos como fertilizantes (+11,9%).
Acumulado do ano mantém alta
Entre janeiro e outubro de 2024, as exportações do agronegócio somaram US$ 140,02 bilhões, alta de 0,7% na comparação anual. O setor representou 49,2% das exportações totais do país no período.
Nos últimos 12 meses, as exportações totalizaram US$ 166,89 bilhões, crescimento de 2,4%. O complexo da soja liderou, seguido por carnes, produtos florestais e o setor sucroalcooleiro.
Ásia segue como principal destino
A Ásia respondeu por 50,5% das exportações do agronegócio brasileiro nos últimos 12 meses. A China se manteve como o maior comprador, importando US$ 54,01 bilhões no período.
Outros mercados, como Estados Unidos (+17%) e Egito (+66,6%), também contribuíram para o crescimento das vendas, principalmente com carne bovina, açúcar e suco de laranja.