Doença de Newcastle tem fim de foco no Rio Grande do Sul, confirma Ministério da Agricultura

Por Redação Epoch Times Brasil
29/07/2024 20:34 Atualizado: 29/07/2024 20:34

Na sexta-feira (26), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comunicou o fim do foco da Doença de Newcastle, identificado em um aviário da cidade gaúcha Anta Gorda, no Vale do Taquari. A informação foi transmitida para a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Com a retirada da  suspensão das exportações, o Brasil poderá retomar a venda de carnes de aves e seus derivados.

A pasta comunica que, com o fim do foco, serão disponibilizadas todas as informações sobre a situação atual, bem como as medidas adotadas aos países que compram a carne brasileira. A expectativa é por uma retomada breve da exportação, que foi suspensa em mais de 40 países após a confirmação da doença, variando área e produto.

“Isso permitirá que eles analisem e confirmem que estamos livres de Newcastle, possibilitando a retomada das certificações para exportação”, afirmou Carlos Goulart, secretário de Defesa Agropecuária do Mapa.

Na quarta-feira (24), a área de emergência zoossanitária havia sido reduzida aos seguintes municípios gaúchos: Anta Gorda, Doutor Ricardo, Ilópolis, Putinga e Relvado – localizados a um raio de 10 km da doença. A granja afetada foi monitorada por 42 dias, a fim de verificar a presença do vírus.

Para impedir o avanço da doença, oito barreiras sanitárias se instalaram na região. Também foram realizadas varreduras em todas as propriedades rurais em dois raios, de 3 e 10 km, além de desinfecção em veículos de risco, cargas de animais e aviários.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, alertou sobre uma possível diminuição nas exportações de frango, devido ao impacto das restrições. Na avaliação de Santin, poderia ocorrer uma perda de entre 50 até 60 mil toneladas de frango exportado, considerando o pior cenário.

Ele observou, entretanto, que o setor de avicultura está bem posicionado para minimizar os efeitos negativos. As consequências seriam pequenas, se comparadas à capacidade brasileira total de exportação, segundo Santin. O presidente da ABPA ressaltou a resiliência do setor, assim como a expectativa de recuperação rápida após a solução completa do caso.