Cultivo de palma e produção de biocombustíveis impulsionam economia na Amazônia

Iniciativas do agronegócio promovem geração de empregos, energia renovável e preservação florestal na região Norte.

Por Matheus de Andrade
07/11/2024 16:57 Atualizado: 07/11/2024 16:57

O agro brasileiro tem se destacado não apenas nos cerrados e campos do Centro-Sul, mas também tem se destacado na Amazônia por iniciativas como do Grupo BBF (Brasil BioFuels) no cultivo da palma de óleo, na produção de biocombustíveis e na geração de energia renovável.

A empresa, considerada a maior produtora de óleo de palma da América Latina, tem mais de 75 mil hectares cultivados nos estados do Pará e Roraima.

O cultivo da palma de óleo, uma das principais culturas para a produção de óleo vegetal no mundo, tem gerado impactos positivos nas áreas de economia e sustentabilidade da região Norte do Brasil.

De acordo com o CEO da empresa, Milton Steagall, o desenvolvimento dessa cultura está associado à recuperação de áreas degradadas e à geração de emprego, favorecendo as condições socioeconômicas dos municípios em que a empresa atua.

Steagall também ressaltou que a importância do desenvolvimento sustentável da região é manter a floresta em pé e melhorar a qualidade de vida dos amazônidas.

“A partir do óleo de palma é também possível falar de bioeconomia no agronegócio. Nosso país tem potencial de ser líder global na produção de óleo de palma, sem derrubar uma árvore de floresta nativa. O desenvolvimento sustentável da região Norte é urgente. É preciso viabilizar formas de manter a floresta em pé, mas também oferecer emprego, renda e riqueza para a população”, defendeu Steagall.

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mais de 31 milhões de hectares da região Amazônica são considerados aptos para o cultivo da palma sem aumentar o desmatamento na região.

O cultivo da palma é apontado como alternativa de geração de renda, pois a cultura é perene, não pode ser mecanizada e exige mão de obra constante. Isso contribui para a fixação de trabalhadores no campo e para a geração de emprego.

O agronegócio da palma também se integra à cadeia produtiva de biocombustíveis.

A partir da extração do óleo, a produção abastece indústrias alimentícias e é utilizada como principal matéria-prima para a geração de biocombustíveis, como biodiesel e biomassa.

Esses biocombustíveis são empregados na geração de energia em locais isolados da Amazônia, contribuindo para a descarbonização da região.

Atualmente, a BBF possui 25 usinas termelétricas em operação no Norte do país, sendo destaque a UTE Baliza, primeira usina híbrida que combina óleo vegetal e biomassa, localizada no Estado de Roraima.

Com esses números, o Brasil ocupa a 10ª posição entre os maiores produtores de óleo de palma no mundo, com 85% da produção concentrada no Estado do Pará.