Com liderança do agro, Brasil registra crescimento nas exportações e importações em julho

Após 2 meses de queda, balança comercial mantém superávit, impulsionada por commodities agrícolas.

Por Redação Epoch Times Brasil
16/08/2024 12:42 Atualizado: 16/08/2024 12:42

Em julho de 2024, o comércio exterior brasileiro registrou um aumento significativo nos volumes exportados e importados, revertendo a tendência de queda dos meses anteriores. Segundo o relatório do ICOMEX, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV/IBRE), e publicado na sexta-feira (16), todos os setores da economia apresentaram crescimento no volume exportado e importado em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O volume exportado cresceu 11,5% em julho, após dois meses de queda. O avanço foi puxado principalmente pelas exportações de commodities, que subiram 12,7%, e de não commodities, com alta de 9,0%. Em valor, as exportações aumentaram 9,3% no mês, apesar da queda de 1,9% nos preços médios. No acumulado do ano, o volume exportado subiu 6,3%, enquanto os preços caíram 3,5%.

Nas importações, o aumento foi ainda mais acentuado, com alta de 23,4% em julho e 13,9% no acumulado do ano. Esse crescimento foi sustentado por importações de bens duráveis, especialmente veículos automotores da China, que, apesar da desaceleração, ainda registraram variação positiva.

Desempenho por setor de atividade

O ICOMEX destaca crescimento em todos os setores. A agropecuária liderou, com alta de 15,4% no volume exportado, seguida pela indústria extrativa (12,6%) e pela indústria de transformação (8,6%). No setor de transformação, as exportações de commodities representaram 50% do total.

No volume importado, o crescimento foi mais notável na agropecuária, com alta de 35% em julho e 38,2% no acumulado do ano, impulsionado, entre outros fatores, por um aumento de 707% nas importações de soja em comparação com 2023. No entanto, as importações da agropecuária ainda representam uma pequena parte das compras externas brasileiras.

Apesar do crescimento expressivo nas importações, a balança comercial brasileira manteve-se superavitária. Em julho, o superávit foi de US$ 7,6 bilhões, levando o acumulado do ano até julho a um superávit de US$ 49,6 bilhões. No entanto, esse resultado representa uma queda em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o superávit acumulado foi de US$ 52,8 bilhões.