O Brasil registrou um recorde histórico na importação de soja em 2024, com 752 mil toneladas importadas no primeiro semestre de 2024, representando um aumento de 709% em comparação com o mesmo período de 2023. Este volume é o maior dos últimos 21 anos, impulsionado por uma queda significativa na produção interna.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações de soja em julho de 2024 aumentaram expressivos 766,6% em comparação ao mesmo mês de 2023. Esse crescimento reflete uma necessidade emergente de compensar a produção nacional reduzida.
Além disso, o aumento na importação de soja contrasta com o comportamento do mercado em anos anteriores. Em 2023, as importações de soja durante todo o ano foram de 181 mil toneladas, uma diferença de 571 mil toneladas comparado a 2024.
Impacto das condições climáticas e redução na produção nacional
Ao mesmo tempo, a produção nacional de soja foi revista para 147 milhões de toneladas, um número abaixo da previsão inicial de 160 milhões de toneladas. Essa revisão foi necessária devido a condições climáticas adversas que impactaram as principais regiões produtoras do país. Em consequência, a necessidade de importação aumentou substancialmente para atender à demanda interna.
A maior parte da soja importada pelo Brasil durante esse período teve origem no Paraguai, país que se destaca como um dos principais produtores de soja na América do Sul. A proximidade geográfica entre os dois países facilita o transporte, reduzindo custos logísticos e tornando o Paraguai uma escolha estratégica para suprir a demanda interna brasileira.
Além da queda na produção, os dados de julho de 2024 da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) revelam que as importações totais do Brasil cresceram 15,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando US$ 23,28 bilhões. O setor agropecuário foi particularmente impactado, com um crescimento de 35,9% nas importações, sendo a soja o principal destaque, com um aumento de 766,6% no valor importado.