O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu, assinou nesta terça-feira acordos de cooperação com o Brasil sobre financiamento, pesquisa e produção agrícola.
Os acordos foram assinados durante uma reunião com o chanceler Mauro Vieira, a quem o diretor-geral elogiou a luta contra a fome e a insegurança alimentar empreendida pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Qu Dongyu, o Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo, vai manter a tradição de ser “solidário” e “parceiro” de outras nações em desenvolvimento nos próximos anos, aproveitando os períodos em que vai presidir o G20 (até o final de 2024) e o BRICS (em 2025).
Um dos documentos assinados nesta terça-feira aponta para a criação de um Centro Brasil-FAO, cujo objetivo será promover a cooperação trilateral no eixo Sul-Sul.
“Com foco na promoção da segurança alimentar, nutrição e sistemas agrícolas sustentáveis em nível global, o centro se concentrará no compartilhamento de experiências e políticas que produziram resultados concretos”, disse Vieira.
O ministro das Relações Exteriores considerou a parceria com a FAO “um passo importante” para aumentar a produtividade agrícola, promover a bioeconomia e o desenvolvimento sustentável no Brasil e no resto da América Latina.
Durante a visita ao Brasil, Qu Dongyu também visitou na segunda-feira o centro de recursos genéticos e biotecnologia da Embrapa. De acordo com ele, alguns dos recursos que o país possui podem ser compartilhados “para tornar a produção global de alimentos mais eficiente, inclusiva, resiliente e sustentável” e contribuir para “melhor proteção, nutrição e vida”.
Durante a cerimônia, o diretor da FAO assinou outros acordos de cooperação com o Ministério da Integração, o BNDES, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e o Sebrae.
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