O Brasil registrou recordes na produção de leite, ovos e mel, além do aumento do rebanho bovino, que atingiu seu maior número da série histórica em 2023. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasilieiro de Geografia (IBGE) na quinta-feira (19), mesmo com os preços globais em queda, a pecuária brasileira permanece resiliente.
A pesquisa, realizada em todo o território nacional, visa fornecer um panorama detalhado da produção pecuária no Brasil. Em 2023, o valor total da produção pecuária chegou a R$ 122,4 bilhões, um aumento de 5,4% em relação a 2022. Apesar do crescimento, esse foi o menor percentual registrado nos últimos cinco anos devido aos baixos preços e a menor demanda internacional.
Os produtos de origem animal, como leite, ovos e mel, somaram R$ 112,3 bilhões desse valor. A produção de ovos de galinha foi o destaque, com crescimento de 17,3%, totalizando R$ 30,4 bilhões.
Bois, porcos, galinhas e abelhas
O rebanho bovino atingiu 238,6 milhões de cabeças, o maior número já registrado na série histórica. Houve um crescimento de 1,6% em relação ao ano anterior.
O estado do Mato Grosso lidera com 34 milhões de cabeças, o que representa 14,2% do total nacional. Mesmo com o aumento no rebanho, as exportações de carne bovina in natura subiram apenas 0,7% em volume.
Apesar desse aumento, o faturamento das exportações caiu 19,6% em comparação com 2022. A China foi o principal destino da carne brasileira, comprando 59,6% do total exportado.
Em contrapartida, o efetivo de suínos no Brasil apresentou uma queda de 3,1%, totalizando 43 milhões de cabeças. Mesmo assim, o abate de suínos registrou um aumento de 1,3%, atingindo um novo recorde no setor.
A produção de ovos de galinha também atingiu um recorde em 2023, com 5,0 bilhões de dúzias. Esse número representa um aumento de 2,9% em relação ao ano anterior.
A Região Sudeste liderou a produção de ovos, com 39,6% do total, seguida pela Região Sul, com 23,1%. O estado de São Paulo foi o maior produtor, com 23,8% da produção nacional.
A produção de mel também foi destaque, atingindo 64,2 milhões de quilos, o maior volume já registrado. A Região Nordeste foi responsável por 39,9% da produção, superando a Região Sul.