A América Latina e o Caribe formam a região do mundo em que custa mais caro adquirir alimentos saudáveis, segundo informa relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Segundo o levantamento, seguir uma dieta saudável gera um custo diário de US$ 3,89 (R$ 20,25) por pessoa na América Latina e Caribe.
O valor está acima do gasto na Ásia (R$ 19,37), África (R$ 18,01), América do Norte e Europa (R$ (R$ 16,61) e Oceania (R$ 15,98), de acordo com o relatório.
“Analisar o custo e o acesso de uma dieta saudável representa uma mudança para reconhecer a necessidade de nutrir e não apenas alimentar o mundo”, disse a diretora de Alimentação e Nutrição da FAO, Lynnette Neufeld, por meio de comunicado.
Entre os países latino-americanos também há grandes desigualdades na hora de adquirir alimentos saudáveis. Na Colômbia, isso custa pouco mais de R$ 15,62 diários por pessoa, enquanto na Jamaica o valor chega ao dobro.
De acordo com informações da FAO, 3 bilhões de pessoas não têm acesso à uma dieta saudável, um número que subiu em mais de 112 milhões em 2020, quando a pandemia da covid-19 chegou ao ápice e afetou a economia e a capacidade de distribuição de alimentos em grande escala dos países.
A Ásia foi o continente mais afetado pelas consequências da crise sanitária, com o custo de uma dieta saudável subindo 4%. Depois vieram a Oceania, com alta de 3,6%, e a América Latina e Caribe (3,4%).
Por sua vez, em 12 países, todos da África, mais de 90% dos habitantes não conseguem ter acesso A alimentos saudáveis de uma maneira regular.
A FAO, que se comprometeu a atualizar os dados deste novo relatório, define como “dieta saudável” aquela “que não só garante as calorias adequadas, mas também os tipos corretos de alimentos ricos em nutrientes, provenientes de diversos grupos alimentares”.
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