O ex-ministro da agricultura, Alysson Paolinelli, faleceu nesta quinta-feira (29), aos 86 anos, deixando um legado incomparável para o setor agrícola brasileiro. Ele estava internado em estado grave no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte, após uma série de complicações depois de uma cirurgia no fêmur. A morte foi confirmada pelo hospital.
A trajetória de Paolinelli é marcada por uma busca incansável por soluções modernas e sustentáveis para o avanço do setor agrícola brasileiro. Sua visão e motivação foram essenciais para essa conquista, e ele será sempre lembrado por seu papel na promoção da segurança alimentar e na evolução das condições de vida dos agricultores brasileiros.
Alysson Paolinelli nasceu em Bambuí, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, em 1936. Engenheiro agrônomo, ele assumiu a Secretaria de Agricultura do estado em 1971, foi ministro da Agricultura durante o governo de Ernesto Geisel (1974/1979). De 1987 a 1991, foi deputado constituinte por Minas Gerais. Também foi presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), de 1987 a 1990.
Ele era considerado uma das principais referências do agro brasileiro é admirado pelo seu trabalho, sendo inclusive citado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em discurso na Assembleia Geral da ONU, no ano passado e foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021 e 2022 pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/Usp), em reconhecimento ao seu trabalho para tropicalização da agricultura e pelo progresso da agricultura e pecuária.
Alysson Paolinelli é reconhecido na agropecuária brasileira pela criação de novas tecnologias no campo, que levaram ao aumento da produção agrícola brasileira. Em 2006, ele ganhou o prêmio World Food Prize, conhecido como o Nobel da Alimentação, por ter liderado o processo de implantação da agricultura tropical sustentável no Brasil.
Atualmente, Paolinelli era presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), presidente do Instituto Fórum do Futuro e embaixador da Boa Vontade nos temas de Gênero e Juventude Rural do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Sua partida deixa um vazio no coração daqueles que admiravam sua dedicação à agricultura e aos agricultores brasileiros. Em reconhecimento ao seu papel fundamental na promoção da segurança alimentar e na melhoria das condições de vida dos agricultores brasileiros.
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