A Torre da Garça Amarela é uma das quarto grandes torres na China. Ela se ergue ao longo do rio Yangtzé e tem vista para a cidade de Wuhan, na província de Hubei. Muitos poetas, incluindo Cui Hao e Li Bai, escreveram famosos poemas sobre esta torre. Diz a lenda que a torre foi construída em honra a um imortal taoísta.
Em tempos antigos, havia um homem chamado Xin que administrava uma pequena taberna. Um dia, um homem com roupas esfarrapadas apareceu e lhe pediu uma taça de vinho. O Sr. Xin não esnobou o homem por causa de sua aparência e lhe ofereceu uma grande tigela de licor sem cobrar.
Nos próximos seis meses, o homem veio diariamente lhe pedir vinho. O Sr. Xin o serviu cada vez sem dar sinal de impaciência.
Eventualmente, o homem disse ao Sr. Xin, “Devo-lhe muito dinheiro pelo vinho, mas não tenho dinheiro para lhe pagar.” Então, ele pegou um pedaço de casca de laranja da cesta que carregava e desenhou uma garça amarela na parede com a casca.
“Apenas bata palmas quando um convidado estiver aqui e a garça dançará”, disse o homem. Então, ele bateu palmas e cantou para demonstrar e a garça realmente saiu da parede e dançou, seguindo o ritmo.
Com o tempo, a taberna do Sr. Xin se tornou famosa pela garça dançante. Muitos clientes vinham testemunhar o fenômeno e o Sr. Xin fez uma grande fortuna nos anos seguintes.
Um belo dia, o homem voltou novamente em roupas esfarrapadas. O Sr. Xin agradeceu e se ofereceu para sustentá-lo para resto da vida. O homem sorriu e disse, “Não é por isso que eu vim aqui.” Então, ele pegou sua flauta e começou a tocar algumas melodias. Enquanto o homem tocava, o céu se encheu de nuvens e a garça saiu da parede. Em seguida, o homem montou e se segurou nas costas da garça e voou além das nuvens em direção ao céu.
O Sr. Xin estava extremamente grato ao homem, que ele acreditava ser um imortal taoísta. Em gratidão, o Sr. Xin construiu uma torre no local onde o homem e a garça ascenderam. Essa é origem da Torre da Garça Amarela.
Este artigo pertence a série “Histórias da China antiga”; para ler outros artigos da série, clique aqui.
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